Infante de Portugal (Almeirim, 17 de Novembro de 1433-Setúbal, 1470). Filho de D. Duarte e de D. Leonor, e por isso irmão de D. Afonso V, aos 15 anos foi nomeado fronteiro do Alentejo e do Algarve, recebendo, mais tarde, a mercê de Beja, Moura e Serpa. Filho adoptivo do infante D. Henrique, este fê-lo seu sucessor no ducado de Viseu e doou-lhe o mestrado da Ordem de Cristo e a posse de todas as ilhas já descobertas e por descobrir. Assim, em finais de 1460, por morte do infante, o rei entregou-lhe as ilhas da Madeira, Porto Santo e Desertas, tal como as ilhas açorianas Terceira e Graciosa, que lhe tinham sido doadas pelo seu tio. Pouco depois, recebia também as ilhas de Santa Maria e São Miguel, que o infante tinha confirmado à Ordem de Cristo e, no ano seguinte, eram-lhe doadas as ilhas cabo-verdianas de Santiago, Fogo, Maia, Boavista e Sal. Distinguiu-se entretanto no Norte de África, onde acompanhou o rei na conquista de Alcácer Ceguer, em 1458, voltando a combater ao comando das forças que conquistaram Anafé, em 1468. Casado, desde 1447, com a sua prima D. Brites, filha do infante D. João, antes de falecer ainda teve oportunidade de ajustar os matrimónios de D. Leonor e de D. Isabel, suas filhas, tendo a primeira casado com o futuro D. João II e a segunda com o conde de Guimarães. Condestável do Reino e mestre das ordens de Avis e de Sant’Iago, quando morreu legava a mais poderosa casa senhorial da sua época em toda a Península Ibérica.
(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)
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