Regressado a Espanha, Colombo conseguiria finalmente convencer os reis católicos (Isabel de Castela e Fernando de Aragão) a financiar o seu projecto.

Rumando a oeste, chegaria às Antilhas, descobrindo (sem o saber) a América em 1492.

Na viagem de regresso, ver-se-ia obrigado a aportar em Lisboa – a 4 de Março de 1493 – para reparar as duas caravelas, Pinta e Niña, sendo então recebido novamente por D. João II, afirmando ter descoberto o caminho para as “Índias”.

O rei português reclamaria, de imediato, que – ao abrigo do Tratado de Alcáçovas – as novas terras descobertas pertenceriam a Portugal, dado situarem-se a sul das Canárias, chegando mesmo a preparar uma armada, chefiada por Francisco de Almeida, para tomar posse desses territórios, a qual, contudo, não se viria a materializar.

Visando defender os seus interesses, os reis de Castela logo encarregariam Colombo de uma segunda viagem, com partida ainda em 1493, com regresso em 1496.

Ainda no mesmo ano de 1493, o Papa Alexandre VI (espanhol) emitiria quatro bulas, numa das quais era estabelecida uma linha divisória vertical, localizada 100 léguas a ocidente das Ilhas dos Açores ou de Cabo Verde, para além da qual o domínio seria conferido aos castelhanos.

Bibliografia consultada

– “A Viagem do Descobrimento – A Expedição de Cabral e o Achamento do Brasil”, de Eduardo Bueno, Editora Pergaminho, 2000
– “Descobrimentos – História e Cultura”, edição da Comissão Nacional Para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1987
– “História de Portugal”, de A. H. de Oliveira Marques, Palas Editores, 1980
– “História de Portugal”, de Jean-François de Labourdette, Publicações D. Quixote, 2003
– “O Império Colonial Português (1415-1825)”, de C. R. Boxer, Edições 70, 1981
– “Portugal – O Pioneiro da Globalização”, de Jorge Nascimento Rodrigues e Tessaleno Devezas, Edição Centro-Atlântico, Maio de 2007