Roteirista e cartógrafo (século XVI). Residente na Índia desde o ano de 1547, quando regressava ao reino, sete anos depois, sofreu um naufrágio perto do cabo da Boa Esperança. O acontecimento, que vitimou 473 pessoas e gerou as aventuras das 25 que sobreviveram, encontra-se referido na sua obra História Trágico-Marítima (1735). Redigiu ainda o Roteiro do Cabo da Boa Esperança ao das Correntes, na sequência de ter sido encarregado de proceder ao reconhecimento da costa africana, uma obra que, durante mais de dois séculos, foi fundamental à navegação.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)