Abril 2008


O Pavilhão Multiusos, o Centro de Informação e o Edifício dos Serviços Administrativos estão preparados para recuperar e poupar energia, num processo que chega a gastar menos 80 por cento de energia que um outro edifício, com as mesmas dimensões, mas com características convencionais.

(via “A Cidade da EXPO’98 – Uma Reconversão na Frente Ribeirinha de Lisboa?”, Vítor Matias Ferreira e Francisco Indovina, Editorial Bizâncio, Lisboa, 1999)

Colonizador (século XV). Escudeiro do infante D. João, partiu com Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira numa viagem rumo à ilha de Porto Santo, no ano de 1419. Por lá se fixou como donatário, por decisão do infante D. Henrique, tendo-lhe sido feita uma doação hereditária na linha masculina directa. Promoveu o desenvolvimento da ilha que, em 1456, já vivia uma relativa prosperidade. Casou com Isabel Moniz, de quem teve um filho com o seu nome e uma filha, que viria a casar com Cristóvão Colombo.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

O recinto da EXPO’98 concentrou diversos espaços cénicos, nos quais foram realizados – durante os 132 dias em que decorreu o certame – cerca de 5 000 eventos, no que constituiu um dos maiores festivais artísticos da história da humanidade.

– Teatro Luís de Camões – Sala Júlio Verne – Edifício da autoria dos Arquitectos Manuel Salgado e Marino Fei, localizado na área Sul do Recinto, próximo do Pavilhão dos Oceanos e do Pavilhão da Realidade Virtual, dispõe de condições para a apresentação de espectáculos como Ópera, Teatro, Musicais. Durante a EXPO’98 acolheu cerca de 82 sessões de espectáculos.

– Anfiteatro na Doca – Espaço enquadrado no cenário natural da Doca dos Olivais, com uma plateia de cerca de 1 800 espectadores, no qual foram realizadas cerca de 160 sessões de espectáculos (música, teatro, dança, moda e concertos multiétnicos), para um total de cerca de 280 000 espectadores.

– Praça Sony – Localizada no extremo Norte do recinto, dispondo de um écran gigante (Jumbotron), acolheu inúmeras transmissões televisivas em directo – com destaque para os jogos do Campeonato Mundial de Futebol França’98 –, para além de “vídeo-clips”, programas e reportagens directamente relacionados com a EXPO’98. No palco, foram realizados sobretudo espectáculos de música pop e rock, com mais de 300 sessões, para um total de cerca de 2,3 milhões de espectadores.

– Palco Promenade – Espaço projectado para a apresentação de bandas, orquestras, grupos de dança tradicional ou contemporânea e grandes grupos corais ou folclóricos, no qual foi realizado – todas as quintas-feiras, pelas 24h – o Festival de Guitarra Portuguesa. Acolheu um total de cerca de 300 sessões de espectáculos.

Referências bibliográficas
– “Guia Oficial da EXPO’98”
http://www.parquedasnacoes.pt/pt/expo98/default.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Expo_98
http://www.civilium.net/infocil/expo98.shtml
http://www.bie-paris.org/

Passaporte EXPO

Panorama Doca dos Olivais

(Foto de João Gomes Mota, gentilmente cedida pelo autor)

A Exposição Mundial de Lisboa vai possuir três pontos privilegiados de observação. Um dos pontos é o teleférico a cinco metros de altura, na zona ribeirinha de um lado ao outro do recinto. O outro local é o miradouro da Torre da Petrogal, recuperada pelos arquitectos Egas José Vieira e Manuel Graça Dias, que permanecerá como símbolo, no próximo milénio, da última petrolífera da Europa instalada numa cidade. Finalmente, a Torre Vasco da Gama, com 140 m de altura, que funciona, a oriente, como uma estilização da Torre de Belém a ocidente.

(via “A Cidade da EXPO’98 – Uma Reconversão na Frente Ribeirinha de Lisboa?”, Vítor Matias Ferreira e Francisco Indovina, Editorial Bizâncio, Lisboa, 1999)

Missionário (Vila Nova de Famalicão, 1645 – Pequim, 1708). Partiu para o Oriente em 1666, onde concluiu os seus estudos. Pelos seus dotes musicais foi convidado pelo imperador Kang Hi para a corte de Pequim, em 1673, onde ensinou música e compôs, tanto no estilo europeu como no chinês. Conselheiro do imperador, conseguiu deste, em 1689, o que alguém jamais havia conseguido: o Édito da Tolerância da Religião Católica. Foi ainda o principal responsável pelo tratado que delimitou a fronteira entre a China e a Rússia, evitando uma guerra que se avizinhava. Superior dos jesuítas na China, tinha a categoria de Mandarim, quando faleceu.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

A EXPO’98 apresentou também três espectáculos permanentes, realizados diariamente no Recinto, que tiveram um total de cerca de 8,7 milhões de espectadores:

– Olharapos – Cerca de 60 criaturas “fantásticas”, deambulando diariamente pelo recinto, das 9 horas da manhã às 2 horas da madrugada, numa alusão às fantasias dos antigos cartógrafos e aos temores dos marinheiros portugueses da época dos Descobrimentos.

Estas “esculturas” ambulantes – montadas numa estrutura metálica, cobertas de barro, chegando a atingir 2 metros de altura – foram criadas por uma equipa liderada pelos ingleses Kevin Plump e Campbell Bucham, com a colaboração de alunos das Belas-Arte, tendo sido fabricados nas Caldas da Rainha.

– Peregrinação – Desfile realizado, também diariamente, ao pôr-do-sol, durante cerca de hora e meia, por 11 grandes “máquinas de peregrinação” – inspiradas em temas tradicionais portugueses, como o “ciclista com campainha” ou a “Nau Catrineta” –, manipuladas por uma equipa de actores, contando com a participação de cerca de 330 elementos.

Terminava junto ao Tejo, onde as “máquinas de peregrinação” se cruzavam com outra criatura fantástica, instalada a bordo de um batelão, o “Rhinocéros” (construído pela companhia teatral francesa Royal de Luxe, simulando um rinoceronte gigante preso numa jaula metálica).

– Acqua Matrix – Decorreu todos os dias, poucos minutos antes da meia-noite, em plena Doca dos Olivais, um espectáculo multimédia, associando imagens sonoras e visuais, tendo por temática central o nascimento de um novo homem, na viragem para um novo século.

Este espectáculo – concebido por Mark Fisher, David Toop, Charles Thompson e Alex Marashian, com a produção da ECA2, uma das maiores empresas mundiais da área da multimédia – tinha por base uma ilha plataforma, torres e outras peças móveis, e um insuflável onde eram projectadas imagens gigantes, tendo ainda como “pano de fundo” o próprio Oceanário.

Referências bibliográficas
– “Guia Oficial da EXPO’98”
http://www.parquedasnacoes.pt/pt/expo98/default.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Expo_98
http://www.civilium.net/infocil/expo98.shtml
http://www.bie-paris.org/

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