Julho 2009
Monthly Archive
31 Julho 2009
Colonizador português no Brasil (Vouzela, 1493? – São Paulo, 1580?). Chegou por volta de 1511 ao Brasil e foi dos primeiros colonizadores, mesmo antes da colonização ser iniciada sistematicamente. Quando Martim Afonso de Sousa aportou em Terras de Vera Cruz, encontrou João Ramalho, que teve desempenho importante no contacto com as populações indígenas. Recebeu uma sesmaria e foi designado “capitão-mor da borda e d’além do Campo”. Contribuiu para a prosperidade de Piratininga, actual São Paulo. Viveu os últimos tempos na companhia dos índios tupiniquins, no Vale de Paraíba.
(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)
30 Julho 2009
Governador e militar (séculos XVIII e XIX). Nomeado governador da capitania do Rio Grande do Norte a 23 de Agosto de 1811, levou a cabo uma administração severa. Assumiu a capitania de Alagoas, em 1819, e promovido a tenente-coronel, com o constitucionalismo, fez parte da Junta do Governo como seu presidente, em 1821. No ano seguinte abandonou o cargo e regressou a Portugal.
(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)
29 Julho 2009
Governador (século XVIII). Governador da capitania de São José do Rio Negro, em 1737, foi incumbido de a organizar ao nível político, económico e social. Ao visitar o baixo Amazonas, substituiu os nomes indígenas de algumas aldeias por nomes portugueses. Esta região veio dar origem ao actual estado do Amazonas. Dirigiu ainda a capitania do Maranhão de 1761 a 1775, tendo sido o maior governador daquela região, durante o período colonial.
(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)
28 Julho 2009
Compositor (Lisboa, 24 de Março de 1762 – Rio de Janeiro, 7 de Fevereiro de 1830). Tornou-se rapidamente conhecido pela sua veia melódica, manifestada em modinhas e canções que obtiveram um enorme êxito. De 1792 a 1800 viveu em Itália, para onde foi em busca de fortuna. Durante a sua estada compões várias óperas, rivalizando com os melhores compositores líricos da época. Regressou a Portugal, mas a sua obra continuou a ser ouvida no estrangeiro. Em 1810 juntou-se à corte, no Rio de Janeiro, onde escreveu sobretudo música religiosa para a capela real, como mestre da mesma. Aderiu à independência e, ao serviço de D. Pedro, compôs o Hino Dedicado à Nação Brasileira. Ficou na história como um dos compositores portugueses mais conhecidos além-fronteiras.
(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)
27 Julho 2009
Vice-rei do Brasil (séculos XVIII e XIX), esteve no poder de 1801 a 1806. Durante este período a sua acção fez-se sentir por todo o território. Apetrechou os hospitais, enviou livros para as diversas capitanias, favoreceu o comércio no Seará Grande e, entre outras medidas, intensificou as linhas de correios a partir da capital.
(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)
24 Julho 2009
Médico (séculos XVIII e XIX). Formado em Medicina na Universidade de Coimbra, rumou a Paris para ingressar numa especialização com o anatomista Sabatier. Também Francisco Solano Constâncio, o grande impulsionador dos estudos médicos em Portugal, foi seu mestre. Muito estimado pelo príncipe D. João (futuro D. João VI), no ano de 1807, acompanhou a corte portuguesa na travessia para o Rio de Janeiro, tendo sido nomeado cirurgião-mor do reino e dos domínios ultramarinos. Deu um importante contributo para a fundação e para o rápido desenvolvimento do ensino médico no Brasil, tendo implantado uma escola na Baía e outra no Rio de Janeiro. Em 1819 assistiu ao parto da futura rainha de Portugal, D. Maria II, e um ano depois D. João VI concedeu-lhe o título de barão de Goiânia.
(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)
23 Julho 2009
Militar e cosmógrafo (séculos XV e XVI). Recebeu de D. João III, para colonizar, a região de Pernambuco, em 1534. No entanto, durante a sua administração, a capitania de Pernambuco não evoluiu como o previsto. Mas antes de o fazer teve de enfrentar os franceses, que haviam fundado uma feitoria, na ilha de Itamaracá. Dois anos mais tarde fundou a actual cidade de Olinda.
(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)
22 Julho 2009
O Libertador, o Rei Soldado. Rei de Portugal e imperador do Brasil (Queluz, Sintra, 12 de Outubro de 1798 – Queluz, Sintra, 24 de Setembro de 1834) reinou em Portugal de Abril a Maio de 1826 e foi imperador do Brasil entre 1822 e 1831. Filho de D. João VI e de D. Carlota Joaquina, foi baptizado com o nome de Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon. Foram-lhe atribuídos dois cognomes. Para os portugueses Rei Soldado, por ter tido uma participação activa nos combates em defesa das ideias liberais. Para os brasileiros, o Libertador por, a 7 de Setembro de 1822, perto do Rio Ipiranga, ter lançado o grito “Independência ou morte”.
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Apesar de não ter sido o primeiro filho do casal real, por morte do seu irmão D. António, em 1801, passou a herdeiro do trono. Tinha D. Pedro nove anos quando a família real, devido às invasões francesas, se refugiou no Brasil. A situação afectou profundamente o futuro rei, assim como toda a comitiva.
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Aos 19 anos casou com a filha do imperador da Áustria, Francisco I (II da Alemanha), a princesa Leopoldina, que lhe deu sete filhos. Apesar da aparente boa relação que mantinha com a esposa, era um homem dado a paixões e não se coibia de dar azo aos seus sentimentos. Teve vários romances com damas da corte, cantoras e bailarinas. De entre todas, aquela que parece ter conquistado, de facto, o seu coração foi Domitília de Castro, a quem deu o título de marquesa de Santos e com quem teve quatro filhos. Depois da morte de D. Leopoldina, casou em segundas núpcias com D. Amélia de Beauharnais, dama francesa parente de Napoleão, que lhe deu uma filha. No domínio político, apesar de moderado, D. Pedro aderiu aos ideais liberais. Em sequência da Revolução Liberal de 1820, D. João VI regressou a Portugal, nomeando D. Pedro regente do Brasil, qualidade na qual teve de gerir o conflito entre os que pretendiam alcançar a independência e os que a repudiavam. Desobedecendo à ordem do pai para voltar a Portugal, deixou-se conquistar pelos ideais de libertação, contrários aos desejos do rei e aos interesses do reino. O seu empenho na causa que abraçara foi importante para a independência da então colónia portuguesa. A 7 de Setembro de 1822, perto do rio Ipiranga, declarou: “É tempo. Independência ou morte. Estamos separados de Portugal”. Para a História, o acto ficou conhecido como o “Grito do Ipiranga”. Aclamado imperador do Brasil a 12 de Outubro de 1822, outorgou a primeira Constituição do Brasil em 1824, mas a independência só seria reconhecida por Portugal no ano seguinte. Daí em diante, nem tudo correria como D. Pedro pretendia. Ao ter aceitado a dupla entidade de imperador do Brasil e rei de Portugal, após a morte do seu pai, teve início uma série de desentendimentos com os liberais brasileiros que, para além de tudo, já tinham mais dificuldade em tolerar o feitio difícil do imperador. Em Portugal, após a morte de D. João VI, a questão da sucessão ficava em aberto. D. Pedro, como filho primogénito e herdeiro natural ao trono de Portugal, tinha duas opções: permanecia no Brasil como imperador e deixava que o seu irmão D. Miguel subisse ao trono português como rei absolutista ou regressava a Lisboa para governar, aliás, como era desejo dos liberais lusos. Apesar de ter governado com o título de “Rei de Portugal e dos Algarves”, apenas escassos dias, D. Pedro IV tomou duas decisões de grande importância para o futuro do país: outorgou uma Constituição a Portugal e abdicou dos seus direitos a favor da filha, D. Maria da Glória, com a condição de que ela se casasse com o tio D. Miguel, seu lugar-tenente, e que todo o país jurasse a Carta Constituinte que ele oferecia à nação. Poderia assim permanecer no seu Brasil, enquanto D. Miguel, após casar com a jovem sobrinha, governaria, de facto, mas de acordo com os ideais liberais. Porém, o irmão do imperador do Brasil, apesar de ter concordado com as condicionantes impostas e de ter jurado a Carta Constituinte, não respeitou a palavra dada e ocupou o trono como rei absoluto. Ainda no Brasil, em 1831, D. Pedro abdicou da coroa brasileira a favor do seu filho, D. Pedro de Alcântara, de apenas cinco anos.
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Liberto das duas responsabilidades, voltou-se então para o Velho Continente para defender os direitos da filha e vingar a causa liberal. Em 1832, retomou o título de duque de Bragança e fez-se regente de D. Maria II. Passou por Paris e Londres e dirigiu-se para os Açores. A 8 de Julho desse ano, desembarcou com os “7500 bravos do Mindelo” na praia de Pampelido, tendo no dia seguinte entrado no Porto. A causa liberal triunfou e D. Miguel foi obrigado a assinar a Convenção de Évora-Monte, a 27 de Maio de 1834 e a partir para o exílio. Todavia, a vitória não traria a acalmia que se poderia esperar e, sectores mais radicais acusá-lo-iam de complacência em relação à facção vencida, em especial ao seu irmão. Em Agosto de 1834, as Cortes confirmaram a regência de D. Pedro, pouco antes de D. Maria atingir a maioridade. Vítima de tuberculose, D. Pedro acabou por falecer aos 36 anos, no Palácio de Queluz, no mesmo quarto que o vira nascer.
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Foi sepultado em S. Vicente de Fora mas, por vontade sua, o coração ficou na Igreja da Lapa, na cidade do Porto. Posteriormente, foi trasladado para o Brasil.
(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)
21 Julho 2009
Foi primeiro conde D. Miguel Rafael António de Noronha Abranches Castelo Branco (1784 – 1849), militar de carreira que se iniciou no Batalhão Académico em 1808 com o fim de lutar contra os franceses. Foi depois para o Brasil, onde prosseguiu a carreira, tendo atingido o posto de coronel do Estado-Maior do Exército do Brasil. Acompanhou D. João VI no seu regresso ao reino, sendo nomeado para o cargo de conselheiro da Fazenda. Foi ainda deputado da Junta dos Três Estados e da Junta de Administração do Tabaco. Era par do Reino quando emigrou para Inglaterra devido à aclamação de D. Miguel. Seguiu depois para a Ilha Terceira, de onde partiu com as forças de D. Pedro que desembarcaram no Mindelo. Foi grã-cruz da Ordem da Torre-e- Espada, comendador da Ordem de Avis e da de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Recebeu o título por decreto de D. João, ainda príncipe-regente, datado de 4 de Dezembro de 1813.
(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)
20 Julho 2009
Historiador brasileiro (Baía, 1564? – 1638?). Filho de fidalgos alentejanos, em 1587 completou os cursos de Teologia e Cânones na Universidade de Coimbra, regressando ao Brasil, onde optou pela doutrina de S. Francisco (1599). Pregador e professor, dedicou-se às missões e foi governador do bispado da Baía, estabelecendo o convento da sua ordem no Rio de Janeiro, em 1608. Posteriormente, foi por duas vezes guardião em Salvador (1612-1614 e 1630-1633) e esteve à frente da custódia franciscana brasileira entre 1614 e 1617. Deixou a inédita História do Brasil, escrita em 1627, fundamental na historiografia brasileira.
(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)
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