Eis aí, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, apenas alguns dos muitos argumentos que demonstram a vantagem da nossa parceria económica e a sua vocação para o sucesso, tornando-se um elo relevante da História compartilhada há 500 anos.
É exactamente essa ligação tão complexa e sui generis que nos leva a comemorar juntos o facto histórico que lhe deu partida, do mesmo modo como festejamos juntos outras datas importantes da nossa História comum. Assim foi nas comemorações do IV Centenário do Descobrimento, em 1900. O mesmo aconteceu com o Centenário da nossa Independência, em 1922, quando – e isso já foi aqui salientado pelo Presidente Almeida Santos – o Presidente António José de Almeida nos visitou e, num feito de simbolismo marcante, os aviadores Gago Coutinho e Sacadura Cabral empreenderam o histórico voo da travessia Lisboa-Rio.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Tais e tantas são as provas de nossa amizade, que se renovam nesta Sessão Solene, de tão profundo significado para nós, brasileiros.
Sopradas pelos ventos da democracia, as velas das nossas Repúblicas se enfunam na direcção de destinos jamais sonhados. Precisamos, sim, juntos, sonhar, viver e ainda navegar. […]
“As Comemorações dos 500 Anos do Achamento do Brasil na Assembleia da República”, intervenção do Presidente do Congresso Nacional da República Federativa do Brasil, António Carlos Magalhães, na sessão solene comemorativa dos 500 anos do achamento do Brasil e de boas-vindas ao Presidente do Congresso Nacional da República Federativa do Brasil, 16 de Maio de 2000, edição da Assembleia da República, 2000, pp. 85 a 90