Autores


Historiador muçulmano (século XVI). É conhecido pela sua história, em árabe, dos portugueses no Malabar no período entre 1498 e 1583. Esta obra foi editada e traduzida em português e constitui uma importante fonte para a história dos portugueses na Índia.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

 

Físico e astrólogo (século XV). Também conhecido por mestre José, colaborou na empresa dos Descobrimentos na época de D. João II. Estudava os problemas da navegação astronómica e a este, em colaboração com outro mestre, foi encomendada a criação das tábuas de declinação solar para o regimento do astrolábio. Foi ainda o autor da tradução latina de Almanaque Perpétuo.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

 

Navegador italiano (Florença, 1451 – Sevilha, 1512). Fez os estudos universitários em Florença, onde foi contratado pelos Médicis para administrar o palácio e os bens da família. Em 1492, seguiu para Sevilha, ali continuando a trabalhar para os Médicis. Participou numa expedição castelhana às Antilhas e fez duas viagens ao Novo Mundo, uma ao serviço de Espanha (1499-1500) e outra sob os auspícios de Portugal (1501-1502), sendo o primeiro a afirmar que se tratava de um novo continente. Em 1505 voltou a Espanha, onde foi nomeado piloto-mor, fixando-se definitivamente em Sevilha. Das suas viagens deixou cinco cartas e uma relação, apelidada Lettera (datada de 1504 em Lisboa). O êxito dos seus relatos fez com que, em 1507, o cartógrafo alemão M. Waldeseemuller, na sua Cosmographiae Introductio, desse ao Novo Mundo o nome de “América” [Americi Terram, terra de Américo]. Apesar da fama, é um dos navegadores do século XVI mais debatidos, tanto a nível da autenticidade das suas viagens (nomeadamente no que respeita à duração da primeira), como da veracidade dos relatos que delas foram feitos.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Cartógrafo (Lisboa, ? – Nantes, 1568). Matemático, geómetra e cosmógrafo, foi um dos expoentes da cartografia em Portugal. Foi o primeiro a elaborar mapas do território brasileiro com a divisão administrativa em capitanias (criadas entre 1534-1536) e a apresentar a localização de várias tribos ameríndias das regiões interiores. De salientar o seu Planisfério (1561), onde representou todo o mundo conhecido no século XVI.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Escrivão de bordo (séculos XV e XVI). Pouco se conhece da sua vida, mas sabe-se que integrou a expedição de Vasco da Gama, que, partindo de Lisboa a 8 de Julho de 1497, abriu o caminho marítimo para a Índia. É-lhe atribuída a autoria do diário de bordo daquela viagem, texto que foi deixado anónimo e incompleto. Existem rambém referências a um Álvaro Velho, natural do Barreiro, que permaneceu vários anos na Guiné, no início do século XVI, o que leva a supor que o escrivão tenha iniciado a célebre viagem, desembarcando depois na costa de África. Existe na Biblioteca Municipal do Porto uma cópia manuscrita do diário, oriunda do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Governador de Angola (séculos XVI e XVII). Foi comendador da Ordem de Cristo e destacou-se como capitão-mor de diversas armadas. Enquanto governador de Angola, tudo fez para reforçar o prestígio de Portugal. Em 1621, regressou a Lisboa, onde veio a falecer. Foi também um escritor de renome, tendo sido um profundo conhecedor de Platão e Aristóteles. Durante o domínio filipino, sugeriu que a capital fosse transferida para Lisboa. Entre as suas obras, conta-se: Do Sítio de Lisboa, Diálogo (1608).

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Cronista (século XVI). Existem poucos registos da vida do autor. Mas, parece certo que vivia em Mazagão em 1562. Escreveu Crónica e Sumário do Cerco e Combates de Mazagão, Crónica de El-Rei D. Sebastião e Crónica do Cardeal D. Henrique.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Viajante (séculos XV e XVI). Provavelmente natural de Coimbra, era cavaleiro professo na Ordem de Cristo. Foi um dos primeiros portugueses a seguir para a Índia, onde se notabilizou. Incumbido de seguir por terra com uma mensagem para D. João III, deixou Ormuz a 20 de Setembro de 1528 e chegou a Lisboa em 20 de Maio de 1529. Da viagem, ficou o seu Itinerário da Índia para Portugal por Terra, impresso pela primeira vez em 1560, mas que voltaria a ser publicado ainda nesse século. O seu relato impressionou D. João III, que lhe terá concedido uma tença anual. Segundo o historiador Diogo de Couto, terá sido gravemente ferido a golpes de cutelo quando, pouco depois de regressar, abandonava os paços reais a altas horas da noite.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Viajante no Oriente (? – 1611?). De origem hebraica, foi um homem de cultura e largos bens. Um dos portugueses que mais percorreu a Ásia, durante os séculos XVI e XVII, empreendeu duas viagens ao Oriente. A primeira levou-o à Pérsia, dali seguindo para Malaca e depois para as Filipinas, de onde regresso ao reino (1601). Na segunda, dirigiu-se para Goa, regressando por Ormuz e pela Arábia, após o que atravessou o deserto até Alepo, passando ainda por Chipre e pela Itália. Fixou-se em Antuérpia, onde deu a lume as Relaciones de Pedro Teixeira (…) (1610), um relato recheado de pormenores relativos às terras orientais.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Comerciante (Lisboa, 1562? – ?, Madrid). Centrou-se no comércio em Cochim, depois de ter rumado à Índia por volta de 1585. Foi feitor do contrato da canela, mas em 1592 foi desterrado sob a acusação de ligar prata. Em 1621, passou a residir em Madrid, tendo elaborados dois livros em espanhol, sobre a ciência náutica portuguesa e o comércio na Índia. Foi feito fidalgo da casa real.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

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