Protagonistas


Navegador (século XVI). Partiu para a Índia, em 1521, na armada do vice-rei D. Duarte de Meneses, onde se devia abastecer de mercadorias para levar para a China. Ruma a este país com uma vasta armada, tendo-lhe sido afundados dois navios. Percorre vários locais, como as Molucas e as Maldivas, naufraga em Bengala, ficando cativo. Perante o pagamento de um resgate integra a armada de D. Nuno da Cunha, numa tentativa frustrada de conquistar Diu. Enviado mais uma vez a Bengala fica retido, atraiçoado pelo sultão com quem ia negociar uma feitoria. No entanto, perante uma situação de guerra o sultão propôs-se oferecer a feitoria e a liberdade em troca do auxílio militar. Por fim recebe a capitania de Ormuz, uma das mais desejadas do Oriente, que conserva até 1544, após ser destituído regressa a Portugal.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)


Ao fim de quase dois anos e 475 nomes depois, assim se encerra o rol de protagonistas da grande epopeia dos Descobrimentos Portugueses, associados em particular à descoberta dos caminhos marítimos para Oriente (incluindo a exploração da costa africana). Num futuro próximo, constitui minha intenção retomar as biografias com uma nova série de protagonistas da História, neste caso afectos à presença portuguesa no Brasil.

Historiador muçulmano (século XVI). É conhecido pela sua história, em árabe, dos portugueses no Malabar no período entre 1498 e 1583. Esta obra foi editada e traduzida em português e constitui uma importante fonte para a história dos portugueses na Índia.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

 

Aventureiro (século XVI). Em 1543, fez parte do primeiro grupo de europeus que visitou o Japão. Este e outros dois companheiros fugiram do navio que se encontrava atracado no porto de Sião, num junco, que os terá levado até ao Japão.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Descobridor (século XIV-XV). Cavaleiro da casa do infante D. Henrique, desde cedo se interessou pelas actividades marítimas e, quando o infante começou a promover as explorações marítimas logo se ofereceu para participar nessa aventura. Em 1418, com Tristão Vaz Teixeira, descobriu a ilha de Porto Santo. Em 1419, com aquele e também com Bartolomeu Perestrelo, desembarcou na ilha da Madeira, mais precisamente no ponto a que chamaram de S. Lourenço. Zarco instalou-se na Madeira em 1425, vindo a ter uma acção fundamental no povoamento da parte ocidental da ilha, a qual, em 1450, fora repartida em duas capitanias. Acompanhou o infante D. Henrique na expedição de Tânger, onde foi armado cavaleiro. Na Madeira mandou construir alguns navios com os quais auxiliou o D. Henrique nas suas expedições para além do cabo Bojador. Em 1460, D. Afonso V autorizou-o a acrescentar ao apelido Zarco o de Câmara. Quando faleceu, a capitania da ilha foi assumida pelo seu filho, João Gonçalves da Câmara. O ramo principal da sua casa é hoje representado pelos descendentes dos condes e marqueses da Ribeira Grande.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

 

Astrólogo (Salamanca, 1450? – Norte de África, 1510). Em 1492 procurou refúgio em Portugal, quando foi promulgado o decreto que expulsava de Espanha os judeus que não aderissem ao catolicismo. Instalado em Lisboa, os seus conhecimentos foram aproveitados para aperfeiçoar a náutica, tendo dado um imenso contributo. Em 1496, um decreto semelhante publicado pelos reis portugueses obrigou-o a deixar Portugal, rumando ao Norte de África. Deixou algumas obras, como Almanaque Perpétuo e Tratado das Influências do Céu e do Juízo dos Eclipses.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Capelão real (século XV). Foi incumbido por D. João I de anunciar na igreja qual o destino, até então desconhecido, da armada que se dirigia para conquistar Ceuta.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

 

Missionário (Pamplona, 1549 – Goa, 17 de Junho de 1617). Em 1568 entrou para a Companhia de Jesus e em 1575 ordenou-se sacerdote. Veio para Portugal com o intuito de partir para missões no Oriente, e partiu para Goa em 1581. Partiu numa nova missão, desta vez enviada ao imperador mongol, mas apesar de ter sido bem recebido, tentaram a todo o custo impedir a difusão do catolicismo, embora tivessem permitido a construção de um aigreja. Com a chegada dos ingleses geraram-se alguns atritos com os portugueses, resultando na expulsão do próprio padre, que acabaria por regressar a Goa.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

 

Sultão (século XVI). Durante dez meses sitiou Goa, com um exército de dez mil homens. Após uma violenta batalha foi derrotado pelos portugueses, uma vitória que valeu ao então vice-rei da Índia, D. Luís de Ataíde, ser feito conde de Atouguia.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

 

Físico e astrólogo (século XV). Também conhecido por mestre José, colaborou na empresa dos Descobrimentos na época de D. João II. Estudava os problemas da navegação astronómica e a este, em colaboração com outro mestre, foi encomendada a criação das tábuas de declinação solar para o regimento do astrolábio. Foi ainda o autor da tradução latina de Almanaque Perpétuo.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

 

Foi primeiro duque o infante D. Henrique, o Navegador ou o Infante de Sagres, como ficou conhecido na História de Portugal, filho de D. João I. Recebeu o título no regresso da conquista de Ceuta, ocorrida em Agosto de 1415. Pelos valorosos serviços prestados pelo infante na bem sucedida empreitada africana, seu pai fê-lo em Tavira, corria o mês de Setembro, duque de Viseu e ainda senhor da Covilhã. Foi segundo duque o infante D. Fernando, filho do rei D. Duarte, que também foi o primeiro duque de Beja.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

 

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