Roteiro Índia-Álvaro Velho


Esta cidade de Calecut é de cristãos, os quais são homens baços. E andam deles com barbas grandes e os cabelos da cabeça compridos, e outros trazem as cabeças rapadas e outros tosquiados; e trazem em a moleira uns topetes, por sinal que são cristãos; e nas barbas bigodes. E trazem as orelhas furadas, e nos buracos delas muito ouro; e andam nus da cinta para cima, e para baixo trazem uns panos de algodão muito delgados; e estes que assim andam vestidos são os mais honrados, que os outros trajam-se como podem. As mulheres desta terra em geral são feias e de pequenos corpos; e trazem ao pescoço muitas jóias de ouro, e pelos braços muitas mantilhas, e nos dedos dos pés trazem anéis com pedras ricas. Toda esta gente é de boa condição e são maviosos, quanto ao que parecem; e são homens que, segundo a primeira fase, sabem pouco e são muito cobiçosos. […]

E daqui nos fomos e, à entrada da cidade, nos levaram a outra, a qual tinha estas mesmas coisas acima contadas. Aqui recresceu a gente muito, que nos vinha ver, que não cabia pelo caminho. E, depois que fomos por esta rua um grande pedaço, meteram o capitão em uma casa e também nós outros com ele, por respeito da gente que era muita. Aqui mandou el-rei um irmão do bale, o qual era grande senhor nesta terra, o qual vinha para ir com o capitão, e trazia muitos tambores e anafis e charamelas e uma espingarda, a qual ia atirando ante nós; e assim levaram o capitão com muito acatamento, tanto e mais do que se podia em Espanha fazer a um rei. E a gente era tanta que não tinha conto; e os telhados e casas eram todos cheios, afora a que connosco ia de roldão, entre a qual gente iriam ao menos dois mil homens de armas; e quanto mais nós chegávamos para os paços, onde el-rei estava, tanto mais gente recrescia. E, tanto que chegámos ao paço, vieram para o capitão homens muito honrados e grandes senhores, afora outros muito que já iam com ele; e seria uma hora de sol quando chegámos aos paços; entrámos por uma porta a um terreiro muito grande e, antes que chegássemos à porta onde el-rei estava, passámos quatro portas, as quais passámos por força dando muitas pancadas à gente; e quando chegámos à derradeira porta, onde el-rei estava, saiu de dentro um velho, homem baixo de corpo, o qual é como bispo, e o rei se rege por ele nas coisas da igreja; o qual abraçou o capitão à entrada desta porta, e à entrada dela se feriram homens e nós entrámos com muita força. El-rei estava em um patim, lançado de costas em uma camilha, a qual tinha estas coisas: um pano de veludo verde debaixo e, em cima, um colchão muito bom; e, em cima do colchão, um pano de algodão muito alvo e delgado, mais do que nenhum linho; e também tinha almofadas deste teor; e tinha à mão esquerda uma copa de ouro muito grande, da altura de um pote de meio almude, e era da largura de dois palmos na boca, a qual era muito grossa, ao parecer; na qual talha lançava bagaço de umas ervas, que os homens desta terra comem pela calma, a qual erva chamam atambor; e da banda direita estava um bacio de ouro, quanto um homem pudesse abranger com os braços, em o qual estavam aquelas ervas, e muitos agomis de prata, e o céu de cima era todo dourado. E assim, quando o capitão entrou, fez sua reverência, segundo costume daquela terra, a qual é juntar as mãoes e levantá-las para o céu, como costumam os cristãos levantar a Deus; e, assim como as levantam, abrem-nas e cerram os punhos mui asinha. E ele acenou ao capitão, com a mão direita, que se fosse para debaixo daquele cerrado onde ele estava; porém o capitão não chegava a ele, porque o costume da terra é não chegar nenhum homem ao rei, salvo chegava a ele um seu privado que lhe estava dando aquelas ervas; e quando algum homem lhe fala tem a mão ante a boca, e está arredado. Assim como acenou ao capitão olhou para nós outros, e mandou que nos assentássemos em um poial, perto dele, em lugar que nos via ele estar; e mandou-nos dar água às mãos, e mandou trazer uma fruta, que é feita como melões, salvo que de fora são crespos, mas de dentro são doces; e também nos mandou trazer outra fruta, que é como figos e sabe muito bem; e tínhamos homens que no-los estavam aparando, e el-rei estava olhando como nós comíamos, e estava-se rindo para nós; e falava com aquele seu privado, que estava à sua ilharga dando-lhe a comer aquelas ervas. E depois disto olhou ao capitão, que estava sentado defronte, e disse que falasse com aqueles homens com que estava, que eram muito honrados, e que lhes dissesse o que ele quisesse, e que eles lho diriam; respondeu o capitão-mor que ele era embaixador de el-rei de Portugal, e que lhe trazia uma embaixada e que não a havia de dar salvo a ele; disse el-rei que era muito bem, e logo o mandou levar dentro, a uma câmara; e, quando foi dentro, el-rei se levantou donde estava e se foi para o capitão, e nós ficámos em aquele lugar. Isto seria ali junto com o sol-posto; e, assim quando el-rei se alevantou, foi logo um homem velho que estava dentro, naquele patim, e levantou a camilha; e a baixela ficou ali; el-rei quando foi onde estava o capitão, lançou-se em outra camilha, em que estavam muitos panos lavrados de ouro, e fez pergunta ao capitão: que era o que queria? E o capitão lhe disse como ele era embaixador de um rei de Portugal, o qual era senhor de muita terra e era muito rico de todos as coisas, mais que nenhum rei daquelas partes; e que havia sessenta anos que os reis seus antecessores mandavam, cada ano, navios a descobrir aquelas partes, porquanto sabiam que, em aquelas partes, havia reis cristãos como eles. E que, por este respeito, mandavam a descobrir esta terra, e não porque lhes fosse necessário ouro nem prata, porque tinham tanto em abundância que lhes não era necessário havê-los desta terra; os quais capitães [desses navios] iam e andavam lá um ano e dois, até que lhes falecia o mantimento, e sem acharem nada voltavam para Portugal; e que agora um rei, que se chamava D. Manuel, lhe mandara fazer estes três navios e o mandara por capitão-mor deles; e lhe dissera que se ele não tornasse a Portugal até que lhe não descobrisse este rei dos cristãos, e que se tornasse que lhe mandaria cortar a cabeça; e que se o achasse que lhe desse duas cartas, as quais cartas lhe ele daria ao outro dia; e que assim lhe manda dizer, por palavras, que ele era seu irmão e amigo. El-rei respondeu a isto, e disse que ele fosse bem-vindo, e que assim o havia ele por irmão e amigo, e que ele lhe mandaria embaixadores a Portugal com ele; dizendo o capitão que assim lho pedia de mercê, porquanto ele não ousaria aparecer presente [a] el-rei, seu senhor, se não levasse alguns homens da sua terra. Estas e outras muitas coisas passaram [entre] ambos, dentro daquela câmara; e, porquanto era já muito noite, el-rei disse que: com quem queria ele pousar, se com cristãos, se com mouros? E o capitão lhe respondeu que nem com cristãos, nem com mouros; e que lhe pedia por mercê que lhe mandasse dar uma pousada sobre si, em que não estivesse ninguém; e el-rei disse que assim o mandava; e nisto se despediu o capitão de el-rei, e veio ter connosco onde estávamos lançados em uma varanda onde estava um grande castiçal de arame que nos alumiava; e isto seriam já bem quatro horas da noite. […]

(via “História e Antologia da Literatura Portuguesa – Século XVI – Literatura de Viagens – II” – Fundação Calouste Gulbenkian, Boletim nº 23, Dezembro de 2002 – a partir de “Relação da Primeira Viagem de Vasco da Gama (1497-1499)”, introd. e notas de Luís de Albuquerque, Lisboa, CNCDP/ME, 1989) 

E ao outro dia isso mesmo vieram estes barcos aos nossos navios, e o capitão-mor mandou um dos degredados a Calecut; e aqueles com que ele ia levaram-no aonde estavam dois mouros de Tunes, que sabiam falar castelhano e genovês. E a primeira salva que lhe deram foi esta, que se ao diante segue: «Ao diabo que te dou; quem te trouxe cá?». E perguntaram-lhe o que vínhamos buscar tão longe; e ele respondeu: «Vimos buscar cristãos e especiaria.» Eles lhe disseram: «Porque não manda cá el-rei de Castela e el-rei de França e a senhoria de Veneza». E ele lhe respondeu que el-rei de Portugal não queria consentir que eles cá mandassem, E eles disseram que fazia bem. Então o agasalharam e deram-lhe de comer pão [de] trigo com mel. E depois que comeu veio-se para os navios, e veio com ele um daqueles mouros, o qual, tanto que foi em os navios, começou de dizer estas palavras: «Buena ventura, buena ventura; muitos rubis, muitas esmeraldas. Muitas graças deveis de dar a Deus por vos trazer a terra onde há tanta riqueza.» Era para nós isto [de] tanto espanto que o ouvíamos falar e não críamos que homem houvesse, tão longe de Portugal, que nos entendesse nossa falta.

(via “História e Antologia da Literatura Portuguesa – Século XVI – Literatura de Viagens – II” – Fundação Calouste Gulbenkian, Boletim nº 23, Dezembro de 2002 – a partir de “Relação da Primeira Viagem de Vasco da Gama (1497-1499)”, introd. e notas de Luís de Albuquerque, Lisboa, CNCDP/ME, 1989) 

E ao domingo fomos juntos com umas montanhas, as quais estão sobre a cidade de Calecut; e chegámo-nos tanto a elas até que o piloto que levávamos as conheceu, e nos disse que aquela era a terra onde nós desejávamos de ir. Em este dia à tarde fomos pousar abaixo desta cidade de Calecut duas léguas; e isto porque ao piloto pareceu, por uma vila que ali estava, a que chamam Capua, que era Calecut; e abaixo desta vila esta outra que se chama Pandarane, e pousámos ao longo da costa, obra de uma légua e meia da terra. E, depois que assim estivemos pousados, vieram de terra a nós quatro barcos, os quais vinham por saber que gente éramos e nos disseram e mostraram Calecut.

(via “História e Antologia da Literatura Portuguesa – Século XVI – Literatura de Viagens – II” – Fundação Calouste Gulbenkian, Boletim nº 23, Dezembro de 2002 – a partir de “Relação da Primeira Viagem de Vasco da Gama (1497-1499)”, introd. e notas de Luís de Albuquerque, Lisboa, CNCDP/ME, 1989) 

A quarta-feira, depois do jantar, veio el-rei [de Melinde] em uma zavra, e veio junto dos navios; e o capitão saiu em o seu batel, muito bem corregedo, e, quando chegou onde el-rei estava, logo se o dito rei se meteu com ele. E ali passaram muitas palavras e boas, entre as quais foram estas: dizendo el-rei ao capitão que lhe rogava que fosse com ele a sua casa folgar, e que ele iria dentro aos seus navios, e o capitão lhe disse que não trazia licença de seu senhor para sair em terra, e que se em terra saísse que daria de si má conta a quem o lá mandara; e o rei respondeu que se ele aos seus navios fosse que conta daria de si ao seu povo, ou que diriam? E perguntou como havia nome o nosso rei, e mandou-o escrever; e disse que se nós por aqui tornássemos que ele mandaria um embaixador ou escreveria. E depois de terem falado cada um o que queria, mandou por todos os mouros que tínhamos cativos, e deu-lhos todos; do qual ele foi mui contente, e disse que mais prezava aquilo que lhe darem uma vila. E o rei andou folgando derredor dos navios, donde lhe atiravam muitas bombardas e ele folgava muito de as ver atirar; e nisto andaram obra de três horas. E, quando se foi, deixou no navio um seu filho e um seu xerife; e foram com ele, a sua casa, dois homens dos nossos, os quais ele mesmo pediu que queria que fossem ver os seus paços. E mais disse ao capitão que pois ele não queria ir a terra que fosse ao outro dia, e que andasse ao longo da terra, e que ele mandaria cavalgar seus cavaleiros.

Estas são as coisas que o rei trazia. Primeiramente uma opa de damasco, forrada de cetim verde; e uma touca na cabeça, muito rica; e duas cadeiras de arame, com seus coxins; e um todo de cetim carmesim, o qual toldo era redondo e andava posto em um pau; e trazia um homem velho por pajem, o qual trazia um terçado que tinha a bainha de prata; e muitos anafis; e duas buzinas de marfim da altura de um homem, e eram muito lavradas e tangiam por um buraco que têm no meio; as quaiz buzinas concertam com os anafis no tanger. […]

(via “História e Antologia da Literatura Portuguesa – Século XVI – Literatura de Viagens – II” – Fundação Calouste Gulbenkian, Boletim nº 23, Dezembro de 2002 – a partir de “Relação da Primeira Viagem de Vasco da Gama (1497-1499)”, introd. e notas de Luís de Albuquerque, Lisboa, CNCDP/ME, 1989)

Em terra firme, em direito destes baixos, está uma serrania muito alta e formosa, à qual serrania puseram o nome de serras de São Rafael, e aos baixos isso mesmo.

Estando o navio em seco, vieram duas almadias, e ele e a nós, as quais trouxeram muitas laranjas, muito doces e muito boas, melhores do que as de Portugal. E ficaram em o navio dois mouros, que foram ao outro dia connosco a uma cidade que se chama Mombaça. […]

(via “História e Antologia da Literatura Portuguesa – Século XVI – Literatura de Viagens – II” – Fundação Calouste Gulbenkian, Boletim nº 23, Dezembro de 2002 – a partir de “Relação da Primeira Viagem de Vasco da Gama (1497-1499)”, introd. e notas de Luís de Albuquerque, Lisboa, CNCDP/ME, 1989)

E, quando foi baixa-mar, ficou o navio de todo em seco e com os batéis lançaram muitas âncoras ao mar; e quando veio a maré do dia, que foi preia-mar, saiu o navio, com [o] que todos folgámos muito.

(via “História e Antologia da Literatura Portuguesa – Século XVI – Literatura de Viagens – II” – Fundação Calouste Gulbenkian, Boletim nº 23, Dezembro de 2002 – a partir de “Relação da Primeira Viagem de Vasco da Gama (1497-1499)”, introd. e notas de Luís de Albuquerque, Lisboa, CNCDP/ME, 1989)

E esta noite seguinte fizemos o caminho ao norte quarta do noroeste e, no quarto de alva, fizemo-lo ao nor-nordeste. E indo assim com vento tendente, duas horas ante manhã, deu o navio São Rafael em seco em uns baixos, que estão da terra firme duas léguas; e quando deu em seco, bradou aos outros que vinham detrás, os quais, tanto que ouviram os brados, pousaram dele a um tiro de bombarda e lançaram os batéis fora.

(via “História e Antologia da Literatura Portuguesa – Século XVI – Literatura de Viagens – II” – Fundação Calouste Gulbenkian, Boletim nº 23, Dezembro de 2002 – a partir de “Relação da Primeira Viagem de Vasco da Gama (1497-1499)”, introd. e notas de Luís de Albuquerque, Lisboa, CNCDP/ME, 1989)

Em este lugar e ilha, a que chamam Moçambique estava um senhor a que eles chamavam sultão, que era como viso-rei; a qual veio aos nossos navios por muitas vezes, com outros seus que com ele vinham; e o capitão lhe dava mui bem de comer, e lhe fez um serviço de chapéus e marlotas e corais e outras coisas muitas; e ele era tão alterado que desprezava quanto lhe davam; e pedia que lhe dessem escarlata, e nós não a levávamos, mas disso que tínhamos disso lhe dávamos. […]

(via “História e Antologia da Literatura Portuguesa – Século XVI – Literatura de Viagens – II” – Fundação Calouste Gulbenkian, Boletim nº 23, Dezembro de 2002 – a partir de “Relação da Primeira Viagem de Vasco da Gama (1497-1499)”, introd. e notas de Luís de Albuquerque, Lisboa, CNCDP/ME, 1989)

E uma quinta-feira, que foi o primeiro dia do mês de Março, à tarde, houvemos vista das ilhas e da terra que se ao diante seguem; e, porque era tarde, virámos na volta do mar e pairámos até pela manhã. E então viemos entrar em a terra seguinte. […].

Os homens desta terra são ruivos e de bons corpos e da seita de Mafamede e falam como mouros; e as suas vestiduras são de panos de linho e de algodão, muito delgados e de muitas cores de listras, e são ricos e lavrados; e todos trazem toucas nas cabeças, com vivos de seda lavrados com fio de ouro; e são mercadores e tratam com mouros brancos, dos quais estavam aqui, em este lugar, quatro navios deles que traziam ouro, prata e pano e cravo e pimenta e gengibre e anéis de prata com muitas pérolas e aljôfar e rubis; e isso mesmo todas estas coisas traziam os homens desta terra. E ao que nos parecia, segundo eles diziam, que todas estas coisas vinham aqui de carreto e que aqueles mouros as traziam, salvo o ouro; e que para diante, para onde nós íamos, havia muito; e que as pedras e aljôfar e especiaria eram tantos que não era necessário restagatá-los, mas apanhá-los aos cestos. E isto tudo entendia um marinheiro, que o capitão-mor levava, o qual fora cativo de mouros e, portanto, entendia estes que aqui achámos. E mais disseram os ditos mouros que, neste caminho que levávamos, acharíamos muitos baixos, e que também acharíamos muitas cidades ao longo do mar; e que havíamos de ir tocar com uma ilha, em que estavam a metade mouros e a metade cristãos, os quais cristãos tinham guerra com os mouros; e que em esta ilha havia muita riqueza.

Mais nos disseram que [o] Preste João estava dali perto, e que tinha muitas cidades ao longo do mar, e que os moradores delas eram grandes mercadores e tinham grandes naus. Mas o Preste João estava muito dentro pelo sertão, e que não podia lá ir senão em camelos. Os quais mouros traziam aqui uns dois cristãos índios cativos. E estas coisas e outras muitas diziam estes mouros, do que éramos tão ledos que com prazer chorávamos; e rogámos a Deus que Lhe aprouvesse de nos dar saúde, para que víssemos o que todos desejávamos.

(via “História e Antologia da Literatura Portuguesa – Século XVI – Literatura de Viagens – II” – Fundação Calouste Gulbenkian, Boletim nº 23, Dezembro de 2002 – a partir de “Relação da Primeira Viagem de Vasco da Gama (1497-1499)”, introd. e notas de Luís de Albuquerque, Lisboa, CNCDP/ME, 1989)

E ao outro dia fomos nosso caminho, e andámos seis dias pelo mar, porque às noites pairávamos.

(via “História e Antologia da Literatura Portuguesa – Século XVI – Literatura de Viagens – II” – Fundação Calouste Gulbenkian, Boletim nº 23, Dezembro de 2002 – a partir de “Relação da Primeira Viagem de Vasco da Gama (1497-1499)”, introd. e notas de Luís de Albuquerque, Lisboa, CNCDP/ME, 1989)

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