Março 2009


Em mais uma gentil oferta do historiador Paulo Jorge de Sousa Pinto, tenho o prazer de iniciar – a partir de amanhã, no Carreira da Índia – a divulgação de uma série de textos que serviram de base a um conjunto de programas de rádio, emitidos entre 1993 e 1996 pela RDP-Internacional, em associação com a Sociedade Histórica da Independência de Portugal, numa rubrica intitulada “Era uma vez… Portugal”.

Visando preservar a fidelidade face aos textos originais, optei pela sua publicação tal como me foram disponibilizados pelo autor, mantendo marcas de oralidade e não obstante se encontrarem em alguns casos “datados” (nomeadamente na referência a efemérides históricas).

Nesta oportunidade, os artigos seleccionados para publicação são os que, versando temáticas dos descobrimentos e expansão ultramarina, se enquadram no âmbito deste blogue.

Paulo Jorge de Sousa Pinto é actualmente Doutorando na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, sendo também Mestre em História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. A sua área de actividade científica e domínio de especialização é a História da Expansão Portuguesa, História da Ásia do Sueste.

Aqui reitero publicamente o meu agradecimento ao autor pela disponibilidade e cortesia manifestadas, ao facultar a publicação neste blogue dos referidos textos.

Governador ultramarino (1744-1819), foi segundo conde de Resende. Governador-geral do Brasil, entre 1790 e 1801, concedeu especial protecção à agricultura brasileira e fiscalizou os navios de guerra estrangeiros, sobretudo os de origem inglesa e francesa.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Governador ultramarino (1752-1817). Formado em Leis pela Universidade de Coimbra, foi governador da Baía e, posteriormente, vice-rei do Brasil (1804-1806). Conhecedor das questões daquela província, assumiu a pasta do Reino no governo formado depois da chegada da família real ao Rio de Janeiro. Mais tarde, recebeu o título de segundo conde de Aguiar.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Militar (? – 1718), foi vice-rei da Índia. Filho de António de Melo e Castro, vice-rei da Índia, depois de uma viagem ao Oriente, em 1683 foi nomeado capitão-general de Sena, Sofala e Moçambique (ilha). Já em Portugal, em 1693 recebeu o governo de Pernambuco, para onde partiu três anos depois. No exercício do cargo, reprimiu eficazmente a conhecida revolta dos escravos de Palmares, vindo a ser nomeado vice-rei da Índia, como reconhecimento pelos serviços prestados à Coroa portuguesa. Regressado a Portugal, em 1707, foi agraciado com a comenda de Santa Maria de Oliveira de Azeméis.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Governador ultramarino (1668-1753). Quarto conde das Galveias, foi embaixador em Espanha, governador da província de Minas Gerais, vindo a notabilizar-se como quinto vice-rei do Brasil (1735-1749). Durante a sua governação, face a uma investida espanhola (1736), foi em auxílio da colónia do Sacramento, que assim conseguiu resistir ao inimigo. Dotado de um carácter enérgico, remodelou o sistema militar, através da criação de corpos de tropas na Baía e em Itaparica, tendo ainda restaurado e fundado vários mosteiros, em Salvador. Igualmente preocupado com o povoamento do território, contribuiu para a criação de muitas localidades, particularmente no Paraná, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais e em Goiás.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Religioso (1754? – depois de 1821), ficou conhecido como o “pai da geografia brasileira”. Sabe-se que em 1769 estava fixado no Rio de Janeiro, onde era capelão da respectiva Misericórdia. É de sua autoria a Corografia Brasílica ou Relação Histórico-Geográfica do Reino do Brasil (2 vols., 1817), útil e criteriosa obra, realizada com base em relatórios de viagem, roteiros e documentos históricos e onde foi pela primeira vez publicada a Carta de Pêro Vaz de Caminha. Regressou a Portugal em 1821, desconhecendo-se a data da sua morte.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Explorador no Brasil. Em 1550, foi escolhido, pelo governador Martim Afonso de Sousa, para chefiar uma expedição encarregue de explorar o interior da região de Minas. Partindo da capitania de Porto Seguro, alcançou a serra dos Aimorés, tendo feito a primeira descoberta de ouro no Brasil.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Governador ultramarino (Lisboa, 1655 – Luanda, 1725). Serviu por duas vezes no Brasil (1667-1671 e 1678-1701), onde ficou conhecido como o Herói do Amazonas, sendo nomeado governador do Maranhão-Grão-Pará. Mais tarde, combateu na Guerra de Sucessão de Espanha e foi governador de Olivença (1708). Nomeado governador do Rio de Janeiro (1708) e, em seguida, da recém-criada capitania de São Paulo e Minas Gerais, foi o fundador de Vila Rica de Ouro Preto e de outras povoações nas zonas da exploração aurífera. No continente desde 1713, assumiu ainda o governo de Angola (1721), exercendo o cargo até à data da sua morte.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Militar (1788-1841). Como tenente embarcou para o Brasil, tendo sido promovido a major em 1818. Neste ano seguiu para o Maranhão e foi eleito para fazer parte do governo provisório. De regresso ao reino foi promovido a tenente-general, tendo aderido às ideias liberais. Já como general, partiu para Inglaterra, militante da facção liberal. Esteve presente no Porto para combater os revoltosos, tendo feito parte do Estado-Maior de Palmela. Regressou depois a Inglaterra, onde redigiu Observações. Adverso à regência de D. Pedro, este expulsou-o do Exército, não tendo tomado parte na guerra civil. Após a vitória liberal voltou à pátria, mas foi preso. No entanto conseguiu ser eleito senador para o Parlamento, em 1838. Em 1839, D. Maria II incumbe-o de constituir novo governo em que sobraçou as pastas da Presidência, Guerra, Marinha e Negócios Estrangeiros.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Tendo por objectivos criar e consolidar hábitos de leitura, realiza-se amanhã (dia 21) em Goa uma “Maratona de Leitura“, tendo como público-alvo, primordialmente, os falantes e aprendentes de Português residentes em Goa, sendo também admitidas participações em Concani ou noutras línguas nacionais indianas.

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