Julho 2009


Fundador do Rio Grande do Sul (séculos XVII e XVIII). Brigadeiro do Exército português, prestou valiosos serviços em Portugal e no Brasil. Em Lisboa exerceu funções como engenheiro militar, tendo sido o responsável pelas obras do Convento de Mafra. Nesta cidade empenhou-se ainda na melhoria do abastecimento de água. Assumiu o governo da capitania do Rio de Janeiro, em 1735, e um ano depois, seguindo instruções vindas de Lisboa, deu início à ocupação da região hoje conhecida como estado Rio Grande do Sul, no Brasil. Entre 1738 e 1749 governou Santa Catarina e o Rio Grande, que se tinham tornado capitania, subordinada ao Rio de Janeiro. Regressou a Portugal no último ano de governação.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Governador (? – século XVII). A 25 de Agosto de 1626 partiu para o Brasil como governador, cargo que exerceu até ao ano de 1635. Destacou-se na guerra da Flandres e era tido como uma figura capaz de pôr cobro à ameaça flamenga no Brasil.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

É inaugurada hoje em Lisboa, no Museu Nacional de Arte Antiga, a exposição “Encompassing the Globe: Portugal e o mundo nos séculos XVI e XVII”, dedicada à expansão marítima portuguesa, reunindo cerca de 170 objectos de museus de todo o mundo, de África ao Japão, passando pelo Brasil e Estados Unidos, incluindo também peças não apresentadas nas anteriores exposições, nos EUA e na Bélgica, nomeadamente a Custódia de Belém e os Painéis de São Vicente.

(via Público)

Foi primeiro conde D. Vasco Mascarenhas, nascido nos inícios do século XVII e falecido em 1678. Alcaide-mor de Óbidos, serviu os Filipes e do terceiro daqueles recebeu o título, por carta de 22 de Dezembro de 1636. Esteve no Brasil por duas vezes, antes de regressar ao reino para aderir à causa da independência em 1640. D. João IV nomeou-o governador do Algarve, depois do Alentejo. Era governador das Armas do Alentejo quando resolveu atacar os espanhóis, tomando Valverde. Tentou conquistar Badajoz logo de seguida, mas não o conseguiu. Esteve depois preso por ordem do rei, que o desagravou em 1646, entregando-lhe de novo o governo do Algarve. Seis anos decorridos foi nomeado vice-rei da Índia (o 27º), mas o seu governo, marcado por excessiva severidade, não foi feliz, provocando inclusive uma revolta. De novo em Lisboa, D. Afonso VI fê-lo membro do Conselho de Estado e em 1663 nomeou-o vice-rei do Brasil (o 2º), onde o seu trabalho foi bem mais conseguido do que na Índia, designadamente no âmbito dos negócios públicos. Regressou ao reino para exercer o cargo de estribeiro-mor da rainha D. Maria Francisca Isabel de Sabóia, que foi mulher de D. Afonso VI e depois de seu irmão, D. Pedro II.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Nobre (1575? – 15 de Março de 1661). Teve importante papel durante a luta contra os holandeses no Brasil e foi um dos primeiros a colaborar com o movimento da Restauração. D. João IV soube reconhecer os seus méritos, ao ponto de o tratar por sobrinho, e fê-lo sétimo conde de Odemira, incluiu-o no Conselho de Estado e escolheu-o para aio do filho, o futuro rei D. Afonso VI. Ainda é difícil determinar o papel que teve no desenvolvimento da personalidade de D. Afonso VI. Tornou-se vedor da Fazenda e, em 1651, presidente do Conselho Ultramarino. Foi senhor das vilas de Penacova e Mortágua e alcaide-mor de Alvor.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Mercador (séculos XV e XVI). Em 1494, sendo cavaleiro da casa real, já se dedicava a negócios com a Coroa. Navios seus integraram armadas de 1501 a 1505, tanto para o Brasil como para a Índia. Quando demandava a costa brasileira em busca de pau-brasil, em 24 de Junho de 1503, descobriu a ilha que chamou de São João – a actual Fernando de Noronha –, da qual D. Manuel o fez donatário em 1504. Foi elevado a fidalgo de cota de armas.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Fundador da cidade de São Paulo (Sanfins do Douro?, 18 de Outubro de 1517 – Rio de Janeiro, 18 de Outubro de 1570). Prestando serviços a governadores e à Coroa portuguesa, o sacerdote assumiu um papel determinante na colonização das Terras de Vera Cruz. Lançou os fundamentos da actividade da Companhia de Jesus no Brasil, fundou a cidade de S. Paulo e participou na fundação do Rio de Janeiro, em 1565. Estudou Cânones na Universidade de Salamanca e depois em Coimbra, cidade onde entrou na Companhia de Jesus, no ano de 1544. Cinco anos mais tarde, chefiou a primeira expedição de missionários enviados para o Brasil, tornando-se o primeiro jesuíta no território. Em 1553, por indicação do próprio fundador da Companhia, Santo Inácio de Loiola, foi nomeado provincial dos jesuítas no Brasil e “outras regiões mais além”. Ainda no mesmo ano, fundou a aldeia de Piratininga, tendo, depois, transferido para lá o Colégio da Companhia, consumando-se, desse modo, a fundação da localidade que daria origem à cidade de S. Paulo. Ciente da sua missão, promoveu um número incontável de obras: abriu colégios e escolas, construiu residências, fez aldeamentos para os índios, criou métodos de catequese, promoveu a cultura, a pecuária e a agricultura. Desde cedo, bateu-se em defesa dos índios, tendo sido este o principal motivo de desavenças com as autoridades. As suas ideias manifestam-se sobretudo na chamada trilogia: Diálogo sobre a Conversação do Gentio, Tratado contra a Antropofagia e contra os Cristãos Seculares e Eclesiásticos que a Fomentam e a Consentem e Caso de Consciência sobre a Liberdade dos Índios.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Militar (Paraíba, Brasil, 1608-1680). Apesar da sua fraca instrução, veio a ser considerado um dos melhores soldados do seu tempo, deixando o seu nome associado, para sempre, à expulsão dos holandeses do território do Brasil. Quando os flamengos da Companhia da Índias Ocidentais ocuparam a Paraíba, fez parte da minoria que não pactuou com a invasão, tendo participado activamente em actividades de resistência. Chegou ao ponto de incendiar os canaviais do próprio pai., Francisco Vidal, proprietário do engenho de Santo André. Pouco depois, alistou-se no Exército português que lutava na Baía, mesmo sem conseguir receber apoios da metrópole. Líder da Insurreição Pernambucana (a par de João Fernandes Vieira), para a qual mobilizou tropas e meios dos sertões nordestinos, destacou-se em todas as fases da luta, estando presente na retomada da Baía (em 1624 e 1625) e na capitulação definitiva do inimigo, na Campina do Taborda (em 1654), logo após as vitórias nas Batalhas dos Guararapes. No derradeiro recontro, que teve lugar no monte dos Guararapes, Vidal de Negreiros comandou as tropas lusas com tal bravura que lhe atribuíram o título de “Governador da Guerra e da Liberdade Divina”. Autor de tamanhos feitos, coube-lhe a honra de, em 1654, ser destacado para levar ao rei D. João IV a notícia da expulsão definitiva dos invasores. Foi arrecadando honrarias ao longo da sua vida. Em retribuição pelos seus excelentes serviços, recebeu o título de capitão-general do Maranhão, tendo também governado Pernambuco e, até, outra colónia portuguesa: Angola. Baixou as armas, em 1680, em Goiana. Os seus restos mortais foram transladados para a Igreja dos Prazeres, nos Montes Guararapes, perto do Recife.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Governador do Brasil holandês (Dillenburg, Alemanha, 1604 – Kleve, Alemanha, 1679). Interessou-se pelas artes e pelas ciências, mas seria a carreira militar que o haveria de seduzir, ainda muito jovem, apenas com 16 anos. Foi contratado pela Companhia das Índias Ocidentais para administrar os territórios controlados por esta e, como homem enérgico que era, foi-lhe pedido que fundasse no Brasil o Império flamengo. Esteve à frente do governo do Brasil holandês de 1637 a 1644. Conseguiu apoderar-se de Sergipe e do Maranhão, mas não atingiu o principal objectivo, que era a Baía, pelo que optou por se fixar no Recife. Transferiu a capital de Olinda para o Recife e promoveu as ciências e as artes. Generoso e tolerante, respeitou as diferentes crenças e teve uma política de compreensão para com os portugueses. Depois de regressar à Europa, tornou-se comandante do exército holandês e foi governador de Utreque.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Primeiro conde da Azambuja, foi o 10º vice-rei do Brasil. Foi ainda governador e capitão-general de Mato Grosso e governador da Baía.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

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